Veremos a mesma reação em Belarus: soldados do regimento de Kalinouski falam sobre a libertação de Kherson
“Quando as pessoas descobriam que éramos belarussos, elas ficavam simplesmente assoberbados de amor. O guerreiro belarusso Alherd contou à Rádio Svaboda sobre sua participação na libertação de Kherson.
Aleh “Alherd” Autchýnnikau está envolvido na guerra desde fevereiro de 2022. Seu grupo havia ocupado uma posição perto do vilarejo de Aleksandrivka, a quarenta quilômetros de Kherson. Apenas um dia antes da libertação, Alherd e seus combatentes conseguiram recuperar um morteiro que estava em um dos veículos danificados. O soldado compartilha suas lembranças:
“Desde maio estou na direção de Kherson. Muita força física e recursos materiais haviam sido gastos para manter a posição e a ofensiva, com vários de nossos veículos destruídos e munições disparadas. Quando os russos recuaram, as Forças Armadas da Ucrânia começaram a entrar na cidade. Entramos no dia 12 de novembro como parte de colunas militares organizadas. Os russos tinham deixado muitos objetos minados, havia esse perigo. Não houve nenhuma ação especial de combate em Kherson, mas os russos destruíram pontes e uma torre de TV quando saíram. Não havia eletricidade nem sinal de telefone, agora a comunicação começa a ser reestabelecida pouco a pouco.
Segundo Alherd, é difícil descrever a sensação de entrar na cidade, mas foi um momento muito emotivo e inspirador.
Todo mundo provavelmente já viu as filmagens dos soldados sendo recebidos com flores, carregados nos braços. Foi literalmente assim! Todas as pessoas saíam com símbolos ucranianos, isso foi muito inspirador. Quando descobriam que éramos belarussos, ficavam assoberbadas de amor. Fomos muito bem recebidos como libertadores. Posso imaginar que vamos ver a mesma reação em Belarus, quando formos libertá-la.