Funcionários da polícia foram clientes de uma quadrilha de pedófilos, criada pelas próprias forças do regime em Belarus
Na última década, houve um aumento de crimes sexuais em Belarus, classificados como graves, informa Belsat. Particularmente preocupante é o aumento de crimes como a pedofilia, cujas vítimas são crianças pequenas.
De acordo com os resultados de uma das investigações conduzidas pela Aliança de Investigadores de Belarus junto com os Cyberpartisanos, altos funcionários das agências do regime estão diretamente envolvidos em crimes contra os quais são obrigados a lutar, a exemplo de estupro de crianças.
A informação sobre o suicídio do preso ex-promotor, Aliaksandr Illin, na colônia penal, chamou atenção dos investigadores independentes. Eles descobriram que Illin, enquanto trabalhava como chefe do escritório do promotor regional da região de Vítsebsk, criou e liderou um grupo criminoso que sequestrou e torturou crianças menores de idade, enriqueceu-se com sua exploração sexual, estuprando-as regularmente, satisfazendo as fantasias sexuais pervertidas de oficiais de alto escalão da KGB e da polícia. A gangue também garantiu a entrega de meninas menores de idade para exploração sexual em vários endereços, tanto em Belarus, quanto na Rússia, Moscou e Sóchi. Usando garotas dependentes, Illin organizou repetidamente “eventos”, para seus conhecidos, nos quais forçou suas vítimas a entreter os convidados e fornecer-lhes “serviços sexuais”.
A quadrilha de Illin envolvia meninas menores de idade, incluindo crianças de menos de 12 anos, em prostituição, relações sexuais forçadas e outros atos de natureza sexualizada. Muitas delas foram previamente submetidas a chantagem, suborno, ameaças, embriaguez, intimidação, espancamentos e violência. As meninas eram frequentemente sequestradas, levadas para a floresta nos subúrbios de Vítsebsk, despidas e amarradas, espancadas, mantidas nuas na neve e no gelo, forçadas a cavar sua própria cova e, em apartamentos alugados, eram algemadas a radiadores e submetidas a assédio e estupro.
A partir de certo ponto, Illin provavelmente parou de dividir o lucro com seus patronos, e foi preso. Infelizmente, apenas Illin e seus dois parceiros de crime foram levados à justiça, enquanto os oficiais de alto escalão da KGB, da polícia e do Ministério Público envolvidos, continuam em liberdade.