FMI vai verificar a situação econômica em Belarus
O Fundo Monetário Internacional declarou que na segunda-feira, 13 de setembro, lança uma missão virtual em Belarus para coletar informações adicionais sobre a situação econômica do país e as medidas tomadas em relação à pandemia do COVID-19. A decisão foi tomada “em meio a preocupações” com o pagamento de mais de 900 milhões de dólares dos EUA ao regime de Lukashenka em apoio aos governos durante a luta contra a pandemia do coronavírus. Em setembro, os fundos foram creditados nas reservas de ouro e moeda estrangeira de Belarus.
A sociedade civil de Belarus e ativistas civis de países ocidentais se opuseram à alocação de assistência financeira a Belarus. Eles argumentaram que a UE e os EUA não reconhecem Aliaksandr Lukashenka como um presidente legítimo e, portanto, os fundos não podiam ser transferidos para um país com um governo ilegítimo.
Lukashenka se tornou um dos principais dissidentes do COVID do mundo, chamou a pandemia de coronavírus anunciada pela OMS de “psicose”, apelou para “envenenar esse vírus”, usando “40-50 ml de álcool puro” e disse que “o trator vai curar todo mundo”. O regime belarusso não impôs fortes restrições sanitárias durante a pandemia do coronavírus.
Desde junho de 2020, Belarus parou de publicar dados de mortalidade, ocultando assim os números reais de mortes pelo COVID-19. Também em Belarus, não há estatísticas oficiais sobre quantos médicos morreram por causa do coronavírus, apesar de recomendação da OMS de publicar informações sobre profissionais de saúde infectados. De acordo com as informações coletadas pelos próprios médicos, a taxa de mortalidade de médicos pelo COVID-19, em Belarus, é uma das mais altas do mundo.