Escândalo nas Olimpíadas: o CON de Belarus retirou a corredora da competição e tentou retorná-la para Minsk
O escândalo esportivo com corredoras belarussas nas Olimpíadas teve uma grande repercussão.
Tudo começou com o fato de que três atletas belarussas não foram admitidas nas Olimpíadas devido à falta do número necessário de testes de doping. Entre elas estão duas velocistas que se preparavam para a corrida de revezamento. Os dirigentes esportivos de Belarus decidiram colocar a corredora Krystsina Tsimanouskaya sem seu conhecimento na corrida de revezamento 4 x 400 metros (ela não se especializa nessas distâncias).
Em 31 de julho, Tsimanouskaya gravou um vídeo no qual se indignava por ter sido inscrita para as distâncias de 100 e 200 metros, mas ter que competir em uma terceira disciplina – revezamento 4 x 400 metros: “Parece que nossa gestão decidiu tudo por nós. Mas por que devemos ser responsáveis por essas falhas? Por que eu devo resolver esses problemas?”
Em 2 de agosto, Tsimanouskaya deveria ter uma corrida de 200 metros, mas logo após seu discurso público, representantes do governo belarusso decidiram levar Tsimanouskaya à força de Tóquio para Minsk. No CON de Belarus declararamque Tsimanouskaya foi suspensa nas Olimpíadas “na conclusão dos médicos, em conexão com o estado emocional e psicológico” do atleta. Segundo a atleta, o médico não a examinou. A corredora contou aos repórteres: “Disseram-me apenas para fazer as malas e ir para casa”.
A polícia local e jornalistas chegaram ao aeroporto de Tóquio para proteger a atleta. Lá, ela conseguiu conversar com representantes do COI e com os organizadores das Olimpíadas de Tóquio.
Mais tarde, Krystsina Tsimanouskaya foi transportada do aeroporto para um local seguro. Ela pretende entrar com pedido de asilo político na Europa, e vários países (em particular, Polônia e Tchéquia) já expressaram sua intenção de ajudá-la.