A IKEA adquiria produtos feitos por prisioneiros em Belarus: o que a própria empresa diz
IKEA trabalhou com fornecedores belarussos que usavam mão-de-obra de presos, inclusive de prisioneiros políticos, informa o portal belarusso Zerkalo.io citando o Taz alemão e o Disclose francês.
Segundo os autores da investigação, isso se aplica à produção de estantes de Baggebo, de cômodas de Kullen e de camas Brimnes. Entre os fornecedores belarussos da IKEA, que cooperaram com as colônias penais, foram mencionados a empresa têxtil estatal Mahiliou Mogotex (que supostamente trabalhou com pelo menos quatro colônias penais), a Borwood e a empresa de móveis estatal Ivatsevitchdreu.
Zerkalo.io perguntou à empresa sueca se essa informação era verdadeira. A IKEA respondeu que eles verificam regularmente se os fornecedores belarussos cumprem os padrões éticos de uma das maiores redes mundiais de fabricação e venda de móveis. O serviço de imprensa afirma que leva muito a sério os relatórios sobre Belarus, nunca permite violações dos direitos humanos na cadeia de abastecimento e sempre se esforça para atender aos valores e expectativas dos participantes. A IKEA também lembrou que em junho de 2022 ela decidiu parar de desenvolver quaisquer novos negócios devido a problemas de direitos humanos em Belarus e ao ambiente imprevisível, bem como deixar o país e rescindir contratos com fornecedores.